Deveria eu estar acostumado com tão situação, uma vez que
é muito comum assistir na TV ou ler nos jornais, que um ex-jogador encerrou a
carreira há pouco tempo e se tornou treinador do dia pra noite e por algumas
vezes conseguem atuar em um time de grande expressão nacional, ou seja, para
grande parte da população transmite a mensagem que treinador no Brasil não
precisa de estudar e que qualquer ex-jogador tem condições de assumir tal função.
Porém não tem como negar que um ex-jogador possui um
vasto conhecimento prático sobre o futebol, mas apenas essa qualidade não os
classifica como treinador, visto que nessa nova função não terá mais que “praticar”
o jogo e sim ensinar, criar estratégias, dirigir funções as pessoas do seu
grupo de atletas, comissão técnica e etc.
Sendo assim o treinador não poderá ser um mero reprodutor
do conhecimento prático que possui em outras palavras ele não poderá copiar o
que os seus ex-treinadores lhe ensinavam sem saber os “porquês”, qual momento
certo de aplicar tal método, ou seja, aplicar seu conhecimento sem critérios
previamente estabelecidos.
Do outro lado está o profissional de Educação Física, que
nessa corrida pelo sucesso no futebol “corre” por fora, por não estar
diretamente no meio do futebol e luta para encontrar seu espaço nesse meio
seleto. E uma das barreiras, se não a principal quando estes profissionais estão
em busca de um clube para atuar se esbarra no fato de não ter sido ex- jogador,
pois para algumas pessoas dentro desse meio, estes tem um olhar de desconfiança
a esse profissional, uma vez que para essas pessoas “pensantes” do futebol a
vivência pratica está acima de tudo, e esquecem que a função de treinador é
muito diferente da função de jogador e tanto um ex-jogador quanto um educador
físico ambos necessitarão de um tempo de adaptação que poderá ser rápido ou
demorado, mas o que vai definir esse tempo é a capacidade individual de cada
um.
Particularmente acredito que tanto um profissional quanto
outro, poderão se transformar num bom treinador, porém ambos deverão se
aperfeiçoar e buscar conhecimento nas áreas que possuem limitações, para
conseguir atingir o tão sonhado objetivo, e por essa razão tanto um quanto
outro encontrará dificuldades pelo caminho, por exemplo, o ex – jogador deverá
buscar conhecimento dentro das outras áreas que rodeiam o mundo do futebol tais
como: (preparação física, psicologia do esporte, medicina do esporte, novas
tecnologias do futebol entre outras). E por outro lado o educador físico terá
que “matar um leão por dia”, antes de conseguir dirigir uma grande equipe
deverá provar que merece uma chance, e por muitas vezes a porta de entrada para
este profissional no meio do futebol é através da preparação física ou
dirigindo uma equipe universitária ou pequenos clubes e claro dentro dessas
equipes, conquistar títulos, pois o futebol no Brasil resiste uma cultura que
pra ser bom tem que ser campeão, não importa qual categoria ou competição, o
que mais importa é vencer, nada adianta chegar a final invicto e perder o
titulo, ou seja, nessa filosofia todo o seu trabalho durante meses foi jogado
fora, embora que nos últimos tempos aparenta estar melhorando, mas nada
comparado a clubes na Europa que um treinador consegue ficar uma década na
mesma equipe.
Uma vez que estes profissionais conseguir uma equipe para
atuar surge outros problemas, como por exemplo, lidar com pessoas, afinal o
treinador vai atuar com seres humanos, se não bastassem dirigir um grupo de 22
ou 24 atletas no caso do futebol, o mesmo terá que construir um ambiente que
fatores ou pessoas externas não criem problemas, ou seja, uma pessoa que
desejar um dia ser treinador deverá ter no mínimo um pouco dessas
características:
·
Liderança.
·
Conhecimentos técnico, tático.
·
Observador.
·
Boa comunicação.
·
Estrategista.
·
Saber motivar.
·
Passar confiança.
·
Coerente nas decisões.
·
Ser justo.
Chamar a responsabilidade pra si.
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