terça-feira, 3 de julho de 2012

Dano muscular e futebol.



            É um consenso no meio do futebol que a preparação física evoluiu e por conta dessa evolução o jogo ficou mais rápido e como conseqüência a intensidade das partidas também aumentou, sendo assim o trabalho de preparação física vem ganhando espaço dentro dessa modalidade esportiva sendo considerada indispensável.
            Enganam-se quem pensa que a preparação física está relacionada apenas com os exercícios físicos realizados nas sessões de treino, pelo contrário atualmente os preparadores físicos e fisiologistas estão mais preocupados em recuperar os atletas no intervalo de uma partida e outra, ou até mesmo dentro de uma competição. Uma vez que no Brasil o calendário esportivo é lotado de competições, e muitos clubes ficam sobrecarregados com jogos durante a semana e aos finais de semana.
            O motivo dessa preocupação é por causa do aumento da sobrecarga imposta ao aparelho locomotor, induz ao dano muscular e à dor resultante. A dor muscular de início tardio (DMIT) é caracterizada como uma sensação de desconforto na musculatura esquelética que ocorre algumas horas após o exercício físico, com determinada sobrecarga a qual não se está acostumado a realizar, ou seja, cada vez que o atleta realiza um treino ou a própria partida de futebol, ocorre na sua musculatura algum dano muscular (micro-lesões), situação normal desde que o atleta tenha tempo hábil para recuperar sua musculatura do estresse que o exercício físico provocou.
            Essas micro-lesões estão relacionadas com a intensidade e volume do exercício físico, ou seja, quanto mais intenso for a atividade e o seu volume, maior será seu dano muscular e na tentativa de detectar o nível de dano muscular, um dos métodos utilizado pelos fisiologistas é a coleta de CK.
A creatina quinase (CK), lactato desidrogenase (LDH), fragmentos da cadeia pesada de miosina (MHC), troponina-I e mioglobina, freqüentemente são encontradas como marcadores de dano muscular, isso porque essas moléculas são citoplasmáticas e não têm a capacidade de atravessar a barreira da membrana sarcoplasmática. Por esse fato, o aumento da concentração sérica dessas moléculas é utilizado como indicativo de dano na membrana muscular e outras estruturas teciduais, ou seja, normalmente quando são encontrados valores extremos dessas moléculas na corrente sanguínea dos atletas, a atitude mais acertada a ser tomada é de serem poupados de algumas sessões de treino e até mesmo de alguns jogos, até que os níveis dessas moléculas sejam diminuídos na corrente sanguínea.
Caso não for respeitado esse tempo de repouso, o atleta será submetido ao risco de lesão e até mesmo queda de rendimento, uma vez que sua musculatura está um tanto comprometida.

Referências.

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