É um consenso no meio do futebol que
a preparação física evoluiu e por conta dessa evolução o jogo ficou mais rápido
e como conseqüência a intensidade das partidas também aumentou, sendo assim o
trabalho de preparação física vem ganhando espaço dentro dessa modalidade
esportiva sendo considerada indispensável.
Enganam-se quem pensa que a
preparação física está relacionada apenas com os exercícios físicos realizados
nas sessões de treino, pelo contrário atualmente os preparadores físicos e
fisiologistas estão mais preocupados em recuperar os atletas no intervalo de
uma partida e outra, ou até mesmo dentro de uma competição. Uma vez que no
Brasil o calendário esportivo é lotado de competições, e muitos clubes ficam
sobrecarregados com jogos durante a semana e aos finais de semana.
O motivo dessa preocupação é por
causa do aumento da
sobrecarga imposta ao aparelho locomotor, induz ao dano muscular e à dor
resultante. A dor muscular de início tardio (DMIT) é caracterizada como uma
sensação de desconforto na musculatura esquelética que ocorre algumas horas após
o exercício físico, com determinada sobrecarga a qual não se está acostumado a
realizar, ou seja, cada vez que o atleta realiza um treino ou a própria partida
de futebol, ocorre na sua musculatura algum dano muscular (micro-lesões),
situação normal desde que o atleta tenha tempo hábil para recuperar sua
musculatura do estresse que o exercício físico provocou.
Essas
micro-lesões estão relacionadas com a intensidade e volume do exercício físico,
ou seja, quanto mais intenso for a atividade e o seu volume, maior será seu dano
muscular e na tentativa de detectar o nível de dano muscular, um dos métodos utilizado
pelos fisiologistas é a coleta de CK.
A creatina quinase
(CK), lactato desidrogenase (LDH), fragmentos da cadeia pesada de miosina (MHC),
troponina-I e mioglobina, freqüentemente são encontradas como marcadores de
dano muscular, isso porque essas moléculas são citoplasmáticas e não têm a
capacidade de atravessar a barreira da membrana sarcoplasmática. Por esse fato,
o aumento da concentração sérica dessas moléculas é utilizado como indicativo
de dano na membrana muscular e outras estruturas teciduais, ou seja,
normalmente quando são encontrados valores extremos dessas moléculas na
corrente sanguínea dos atletas, a atitude mais acertada a ser tomada é de serem
poupados de algumas sessões de treino e até mesmo de alguns jogos, até que os níveis
dessas moléculas sejam diminuídos na corrente sanguínea.
Caso não for
respeitado esse tempo de repouso, o atleta será submetido ao risco de lesão e
até mesmo queda de rendimento, uma vez que sua musculatura está um tanto
comprometida.
Referências.
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